Covid-19: Amazonas alcança meta de vacinação da primeira dose em trabalhadores da saúde e pessoas de 60 a 64 anos

O Amazonas ultrapassou a meta de cobertura vacinal da primeira dose da vacinação contra a Covid-19 em dois grupos prioritários – nas pessoas de 60 a 64 anos de idade (112%) e no grupo de trabalhadores de saúde, no qual 95,5% receberam a primeira dose, e 76,3%, a segunda dose. A meta das campanhas de vacinação no Brasil é atingir pelo menos 90% do público-alvo.

Em outros grupos, essa marca está próxima de ser alcançada com a primeira dose. É o caso das pessoas acima de 80 anos, com 87,9% de cobertura, e de 70 a 79, com 83%. Como a maioria dos idosos está sendo vacinada com o imunizante da AstraZeneca, o tempo para completar o esquema de duas doses nesses grupos é maior, ou seja, três meses depois da primeira dose. Isso faz com que a cobertura da segunda dose ainda seja baixa.

Na população indígena, a primeira dose já é de 71,4%, enquanto a segunda dose está em 51,4%.

As informações constam no vacinômetro da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), que pode ser acessado por meio do link https://bit.ly/3aTsndS.

Segundo a FVS-AM, o Estado se encontra na Fase 4 da campanha, que é a mais complexa e demorada, em decorrência da vacinação do grupo prioritário de povos e comunidades tradicionais ribeirinhas. Dos seis estados contemplados com esta população, o Amazonas é o estado que possui o maior número de pessoas neste grupo, o que demanda maior tempo para execução da vacinação pelas equipes de saúde nessas áreas, que são remotas e de difícil acesso.

Outro agravante é receber as doses do Ministério da Saúde de forma fracionada, o que implica a dificuldade de operacionalização. Alguns municípios, por meio de suas Coordenações Municipais de Imunização, aguardam receber em sua totalidade para assim iniciar as suas campanhas na área ribeirinha, por conta das distâncias.

Também há um atraso no lançamento das informações no sistema, pois as equipes de vacinação demoram de 20 a 30 dias para percorrerem as comunidades e só lançam as informações quando retornam à sede do município.

“Temos o fator amazônico, que é preponderante na vacinação das populações tradicionais. A vacinação na capital e nas áreas urbanas do município costuma ser rápida, mas quando vai para a zona rural, tende a ficar mais lenta, e os dados demoram mais a serem lançados no sistema”, explica o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo.

De acordo com a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-AM, Adriana Elias, a campanha de vacinação no Amazonas se encontra em um nível mais avançado, em relação aos demais estados, quando se trata de grupos prioritários. “Atualmente, já iniciamos a Fase 3 com o grupo de comorbidades, Fase 4 com as forças de segurança e os povos ribeirinhos e quilombolas”, disse.

Segundo a chefe do DVE, a coordenação estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI) realiza o acompanhamento diário junto aos municípios em relação à cobertura vacinal, uma vez que é de responsabilidade das prefeituras a aplicação das doses.

“O Programa Estadual de Imunização estabelece um contato direto com as coordenações municipais de vacinação e as secretarias de saúde, com a finalidade de apoiar as estratégias para o fortalecimento das coberturas vacinais”, explicou Adriana.

Distribuição

Até o momento, o Amazonas recebeu 1.178.220 doses de vacina contra a Covid-19, dessas, 1.113.670 doses entregues e 13.994 doses a serem entregues. Mais informações acesse https://bit.ly/3owHiPU.

Na madrugada de sexta-feira (09/04), o Estado recebeu 53.750 doses de imunizantes. A 12ª remessa enviada pelo Ministério da Saúde é composta de 30.750 doses da vacina AstraZeneca e 23.000 doses da vacina CoronaVac/Butantan. As vacinas vão completar esquema de vacinação de trabalhadores da saúde e idosos e vacinar com a primeira dose, forças de segurança e também idosos.

Foto: Arthur Castro / Secom

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Rodrigo Rivera