Obra narra trajetória do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos do Inpa

Diferente dos anteriores, o Tomo XX do Geea traz a história do grupo com 14 anos debatendo questões importantes e estratégicas para a região

O Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (Geea) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) publicou um caderno de debates especial, o Tomo XX. A obra “O Geea no contexto do Inpa, da Ciência e da Amazônia” narra a trajetória do grupo, que se configura como um espaço de vivência e de estreitamento das relações entre o Inpa com instituições de pesquisa e ensino superior, órgãos de segurança nacional, representantes da política, indústria, poesia, literatura, igreja e sociedade em geral.

A obra aborda ainda os objetivos do Geea, o significado da logomarca, estrutura funcional, produção intelectual e acadêmica, e a relação com as pessoas que tiveram atuações destacadas durante a trajetória, como palestrantes e autores. Idealizado e criado em 2007 pelo então diretor do Inpa, o pesquisador Adalberto Val, o Geea tem como objetivo “gerar e disseminar conhecimentos para promover o desenvolvimento da Amazônia”.

De acordo com o secretário executivo do Grupo e organizador da publicação, o pesquisador Geraldo Mendes, o Geea foi criado para despertar consciências, aprender em conjunto e compartilhar com a sociedade sua visão coletiva, a partir de um sólido embasamento teórico e científico.

“O Geea é uma extensão do Inpa e uma ponte entre o cientista e o cidadão, entre a ciência e a sociedade”, destacou. “Chegar ao 14º ano de existência e regularidade e tendo publicado 20 Tomos é uma marca importante e que me enche de contentamento e orgulho na condição de seu secretário executivo desde o primeiro ao último instante desta jornada que agora fecha seu primeiro ciclo”.

As reuniões do Geea contam com a participação de profissionais de diversas áreas do conhecimento e ocorriam de forma regular, geralmente a cada dois meses, mas com a pandemia da Covid-19 foram suspensas. Ao todo foram realizadas 69 reuniões, com a mesma quantidade de temas debatidos. Como resultado desse debate coletivo, é produzido o Caderno de Debates, que busca contribuir com subsídios às políticas públicas e com ideias criativas para o bom aproveitamento das potencialidades da região amazônica.

Diversos temas foram debatidos, cada um com questões particulares e também complementares aos demais. “Formam um mosaico cognitivo e desafiador que bem expressa a diversidade natural, cultural e política da Amazônia”, lembra Mendes.

O primeiro deles foi “Aquecimento global, mudanças climáticas e o futuro da Amazônia” apresentado pelo pesquisador Antônio Manzi. Pela arena do fórum passaram, por exemplo, o médico e pesquisador Heitor Vieira Dourado (já falecido) que dá nome à Fundação de Medicina Tropical; a geógrafa Bertha Becker (também já falecida); o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco; o poeta Thiago de Mello, a pesquisadora da Fiocruz Cecília Minayo; o botânico e escritor Moacyr Medri; o comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA), General Eduardo Vilas Boas; o presidente da Eletrobras, Luis Pinguelli Rosa; o escritor Márcio Souza; o poeta Celdo Braga; o representante da FAO na América Latina, Alan Bojanic; o representante da Unesco, Tápio Varis; dois arcebispos de Manaus, dom Luis Soares e dom Sérgio Castriani, este também falecido; e Jansen Zuanon e Juan Revilla, ambos pesquisadores do Inpa. Outros cientistas, professores e estudiosos da Amazônia deixaram suas visões de mundo e seu recado na coleção do Caderno de Debates do Geea, integralmente disponível aos leitores.

Caderno de Debates

O Caderno de Debates prioriza a liberdade de pensamento, as ideias originais e as experiências pessoais, sem o teor de padrões de artigos e publicações científicas. Para acessar todos os tomos clique aqui.

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Rodrigo Rivera