Piranha da Amazônia é encontrada em lago na Louisiana, nos Estados Unidos

A piranha é um dos peixes mais lendários e fascinantes da Amazônia. E principalmente, entre estrangeiros que visitam ou ouvem falar dessa floresta tropical. Mas como uma piranha vai parar em um lago no estado da Louisiana, no sul dos Estados Unidos, a quilômetros e quilômetros de distância de seu habitat original? É essa pergunta que os administradores da Louisiana State University estão tentando responder.

É que uma piranha vermelha foi encontrada recentemente nadando no lago do campus da universidade, na cidade de Baton Rouge. O Departamento de Vida Selvagem e Pesca do estado acredita que o peixe deveria ser um “animal de estimação” de alguém, que decidiu soltá-lo ali.

Foi feita uma vistoria no lago para tentar achar mais piranhas, mas nenhuma outra foi avistada. Mesmo assim, as autoridades locais alertaram para que as pessoas ficassem atentas.

“A piranha vermelha, também conhecida como piranha de barriga vermelha, é nativa da América do Sul e encontrada na Bacia Amazônica. Embora sua reputação na cultura popular as rotule como predadores ferozes, elas têm maior probabilidade de procurar presas mortas ou moribundas, incluindo peixes ou crustáceos”, esclareceu o Departamento de Vida Selvagem e Pesca da Louisiana.

Apesar de a venda e a posse de piranhas, considerada uma espécie exótica e invasora, ser proibida no estado, em 2014, foram apreendidos diversos desses peixes dentro de um aquário no apartamento de um jovem de 23 anos. A pena para quem comete esse tipo de crime inclui pagamento de multa e até três meses de prisão.

Vale lembrar do caso que ocorreu no Brasil, no ano passado, de um jovem picado por uma serpente naja, em Brasília, e que acabou sendo indiciado por tráfico de animais, junto com outros dez acusados, entre eles, a mãe e o padastro.

Um relatório da ONU divulgado em agosto de 2020 fez um sério alerta sobre como o tráfico de animais silvestres aumenta a ameaça de novas pandemias e a expansão para o comércio digital impõe riscos ainda maiores à humanidade. O estudo enfatiza que as doenças zoonóticas representam 75% de todas as infecções emergentes no planeta e que as espécies traficadas para consumo humano escapam a qualquer controle sanitário.

Desde 1970, as espécies invasoras causaram US$ 28,6 bilhões de prejuízos por ano no mundo.

Foto: divulgação Louisiana Wildlife and Fishiries

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Rodrigo Rivera